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  • Andre Santos

Resenha: Candlemass turnê comemorativa de 30 anos no Brasil


Fotos & Texto: André Santos

Filmagem & Edição: Maria Correia

Parceria: October Doom Magazine

A Cronos Entertainments através do Caio Schramm veio a ser o responsável de trazer um dos maiores nomes do gênero Doom Metal internacional. O Candlemass marca seu retorno à terra Tupiniquins com a turnê comemorativa de 30 anos. A casa de eventos Clash Club, localizado na Barra Funda região central de São Paulo, foi a acolhedora desse evento onde a banda paulista Helllight não poderia ficar de fora desse espetáculo fúnebre.

Mas vamos ao show! Por volta das 20:00 horas de quinta – feira do feriado de Tiradentes, a banda paulista de “Funeral Doom Metal” Helllight, sobe ao palco da Clash Club contando com duas presença de duas garotas ornamentadas com castiçais de velas acesas, cada uma se posicionando ao canto trazendo todo um clima sombrio ao palco, chamando muita atenção de todos. Onde inicialmente o Helllight executava os primeiros acordes da canção “Dive In The Dark” executada com riffs densos e repleto de harmonizações do teclado responsável por carregar todo o lado atmosférico da canção.

Geralmente shows desse porte que abriga um gênero mais mórbido e sombrio como a vertente do Doom Metal, especificamente a galera se mantem um pouco mais contida referente a outros estilos, mas isso não quer dizer que o Doom Metal não tenha seu peso e seu moshs, muito pelo ao contrario, a banda Helllight demonstrava como se prende atenção dos expectadores da Clash Club com seu Funeral Doom Metal através da canção “Distant Light That Fades”, onde pude notar no rosto de cada pessoa presente no show como se estivesse presenciando uma obra prima sendo executada em um teatro.

Após estas duas execuções a banda segue sua performance, dando início a canção “Shades Of Black” com acordes densos e riffs pesadíssimos do frontamam Fábio de Paula (guitarrista), onde o mesmo unia sua voz entre o gutural e o melancólico vocal em determinados momentos juntamente com os arranjos de Rafael Sades (tecladista), trazendo toda atmosfera fúnebre ao palco, e acompanhado da cozinha entre o baixo de Alexandre Vidas e o baterista Renan “Decaz” Bianchi ( banda – Voiden), que se carregaram de trazer todo o peso a canção.

Uma das coisas que chamaram muita atenção em sua performance foi o publico presente na Clash Club, no tempo todo que a banda se apresentava, o expectadores se encontravam contidos chegando ao ponto de estarem presos a um transe emergido do palco. Mas infelizmente vamos caminhando para o fim do set realizado por Helllight onde a música “Time” foi anunciada, após esta execução representada quase como uma forma teatral a banda encerra sua prestação na Clash Club.

Mas a noite não se encerraria por aqui, ainda teríamos a lendária banda Candlemass a subir ao palco da Clash Club para realizar mais um show de sua turnê comemorativa de 30 anos.

Após a prestação de quase uma hora da banda “Helllight”, chegamos finalmente a uma das atrações mais esperadas da noite, pelo público.Candlemass sobe ao palco para comemorar sua trajetória de 30 anos após duas décadas sem pisar em solo verde – amarelo. Os reis do Doom Metal deixaram seus fãs em êxtase com a sua passagem em sampa, onde o palco da Clash Club acolheu grandes clássicos de sua carreira. Já com todos muitos ansiosos, o painel da casa se ascendem e na sequência é introduzida a “Marche Funebre(Intro)” que é lançada em nossos ouvidos, onde os músicos: Jan Lindt (Bateria), Lars “Lase” Johansso (guitarrista), Mats “Mappe” Björkman (guitarrista), Leif Edling (baixo) e o Mats Levén ( vocal) que se reunia ao palco para executar suas clássicas canções para histeria de todos ali presente.

E sem perder muito tempo o Candlemass manda já de início as clássicas canções como: “Mirror Mirror” e a “Bewitched” elevando a emoção de todos presentes na Clash Club, que se aglomeravam a cada espaço da casa para ver a prestação do Candlemass. Dentro dessa primeira trinca musical, o frontman “Mats Levén “ (vocal) desde 2012, se demonstrava totalmente a vontade no palco cantando as canções e interagindo muito com o público, os chamando “vamos São Paulo”, onde os espectadores os correspondia na hora em uma grande comoção. A noite vai seguindo adentro através dos riffs e acordes densos e pegajosos de ‘Björkaman’ e ‘Lars’, onde canções como: “Prophet”, “The Dying Illusion” e “ Samarithan”, ganhavam vidas através das performances de ‘Jan Lindt’ e ‘ Leif Edling’, onde eles com sua cozinha se encarregavam de dar todo o peso as canções que ‘Mats Levén ‘ conduzia com maestria. Algumas pessoas ainda torcem o nariz quando se fala do novo frontman nos vocais, mais este músico não deixou nada a desejar em sua performance, ele se demonstrou muito competente em suas execuções nas canções mencionadas acima.

Após essas músicas serem executadas é dada uma pequena pausa para os músicos do Candlemass se recomporem, pois grandes clássicos foram encaixadas uma em cima da outra, sem nos dar muito tempo para respirarmos. Foi onde o ‘Mats Levén’ encontrou uma brecha para nos saudar e para se interagir mais ainda, pois o músico parecia se sentir em “casa”, e aproveitando a deixa ele menciona que irá executar a próxima canção pertencente ao álbum (Ancient Dreams – 1988) “A Cry From The Crypt”, onde os acordes iniciais são despejados em nossos ouvidos e por todos os lados, que se olhava víamos uma agitação generalizada da galera presente. A apresentação foi seguindo a noite com as canções “Emperor Of The Void”, “Under The Oak” e a canção “At The Gallows End”, onde a mesma levou a galera a cantar algumas estrofes da música juntamente com o vocalista ‘Mats’, agitando até o fim da canção, que logo em seguida foi emendada por “A Sorcerer’s Pledge”, fechando este primeiro bloco.

Por um instante o Candlemass se retira do palco, onde constantemente o público os chamava “Candlemass...” E eis que os mesmos retornam ao palco para seguir com o segundo bloco do seu repertório, que inicialmente é dada através da canção “The Prophecy” do álbum (Tales Of Creation – 1989) e que vem seguida da música “Dark Refletions” e a “Crystal Ball”, mais, um dos pontos altos foi quando os primeiros acordes da canção “Solitude” do álbum (Epicus Doomicus Metallicus – 1986) se iniciaram, e com todo o público presente na Clash Club começaram a cantar as primeiras estrofes da música, onde o ‘Mats’ comandava de cima do palco como se fosse um “maestro”, um dos momentos mais marcantes desse segundo bloco marcando o fechamento em chave de ouro sua performance na casa de show Clash Club/SP.

Ressalvas: parabéns ao Caio Schramm, aos organizadores e os produtores do evento, a banda Helllight pela performance impar e principalmente ao Morgan Gonçalves da revista “October Doom Magazine”, onde sem ele esta resenha não seria possível, grato pela a oportunidade e parceria.

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