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  • Andre Santos

Nervochaos: Nyctophilia – 2017:NervoChaos mais obscuro em seu sétimo registro


Cogumelo Records - Nacional

Com pouco mais de vinte anos de carreira NervoChaos é uma das grandes e tradicionais bandas do Death Metal brasileiro e uma das maiores representantes do gênero. E garanto que não é força de expressão, afinal são inúmeras Tours aqui pelo Brasil, tanto quanto no exterior. E já algum tempo a banda se encontra bem afiada com a nova formação, pois os mesmos antes de lançar algo novo já vinham se apresentando constantemente em diversos palcos, amadurecendo e moldando aos conhecimentos de ‘Cherry’ (guitarra, ex-Okoto) e ‘Lauro Nighrealm’( Ex- Queiron, e atual vocal do NervoChaos). Esta união não poderia resultar em algo melhor no poderio de NervoChaos, porém, isso não alterou em nada a fúria sonora da banda, que mantém suas raízes calcadas no Death Metal clássico, mas acabou por expandir suas possibilidades criativas.

E aproveitando essa nova fase o quarteto lança o seu sétimo registro de estúdio que carrega o título de “Nyctophilia”. Esse álbum já demonstra que estamos diante de um disco soturno e bem pesado da carreira da banda, pois aqui podemos sentir todas as virtudes de Cherry e Lauro, unidos aos experientes Edu Lane e Thiago Anduscias, que fecham a muralhas do NervoChaos.

O quarteto paulista tornou o “Nyctophilia” bem dinâmico e diversificado, sem deixar o peso de lado em momento algum, aliás, o trabalho foi gravado, mixado, masterizado no Studio Alpha Omega (Itália), tudo muito bem conduzido pelo produtor ‘Alex Azzali’(que já havia trabalhado com a banda nos dois últimos projetos). O mesmo deu uma roupagem mais atual no som da banda, trazendo algumas características do gênero Doom Metal, sabendo manter o Death Metal como o principal aspecto da banda.Para mim,a banda continua fazendo o mesmo som agressivo de sempre.

O projeto conta com a assinatura de ‘Alcides Burn’, dando um ótimo clima sombrio e uma boa expectativa do que iremos encontrar dentro do álbum.

Durante a audição fica bem evidente que a nova formação está extremamente coesa, o quarteto não deixa a rítmica cair (aliás está muita absurda), há um gás explosivo no álbum que é bem alucinante, uma canção puxa a outra em movimento ensurdecedor ( ah, sim, em alguns shows presenciado por minha pessoa, essa energia já era notória).

O álbum já se apresenta de uma forma impiedosa e esmagadora, “Moloch Rise” é emanada de violência, dentro de 3 minutos a mesma traz bastante variações que vão do gênero Death Metal ao HardCore. E assim como na abertura do álbum temos a segunda faixa “Ritualistic”, com passagens bem pesadas e veloz em seus riffs. Já a terceira faixa “Ad Majorem Satanae Gloriam”, se divergi das restantes das dez composições de Nyctophilia. Mas, sem dúvida ela carrega uma levada bem interessante, de tão boa, ela se torna grudenta na massa encefálica, (podemos dizer que seja umas das destacadas do álbum). Não, o massacre do “Tanque” do Death Metal, não parou, só deu um fôlego para respirarmos, pois a porrada volta a comer em “Season Of The Witch”,a mesma traz um interlúdio bem sombrio e sinistro, em sua abertura, e seguindo a pegada e por vez temos a bruta “Waters Of Chaos”.

Então se segurem no sofá (ou onde estejam), pois chegamos na sexta “jam sessiom” do álbum, me refiro a “The Midnight Hunter”, outra que mescla entre o Death e HardCore e novamente a devastação vem ganhando força. “Rites Of The 13 Cemeteries”, segue o esquema de sua antecessora, aqui percebemos como a cozinha do NervoChaos, é destrutiva ...(pois para mim o Edu Lane, é um dos melhores bateras de Death Metal Nacional, o cara manda muito em seu kit drums), enquanto a “Vampiric Cannibal Goddess”, se mostra a mais rasgada do álbum, socando seus tímpanos. A próxima o álbum ganha uma certa “leveza”, “Stained With Blood”, tem aquela leve pitada do gênero Doom Metal, iniciada de forma lenta e arrastada até ganharmos uma verdadeira explosão sonora. E na linha mais agressiva temos a “Lord Death”, outra que se destaca a bateria de nosso mestre ‘Edu’, “Dead End”, aqui o baixo se destaca elegantemente dando um ótimo toque a composição. Encerrando o álbum temos duas devastações a caminho “World Aborted”, soa bruta, alternando a pegada do ritmo constantemente e cercada do backing vocal envolvente. “Live Like Suicide”, trafega entre as vertentes do Death, Thrash e o Doom Metal, encerrando Nyctophilia com chave de ouro.

Nervochaos lançou não só seu melhor álbum, como também um dos grandes trabalhos nacionais desse ano de 2017! Parabéns pelo ótimo projeto.

Homenagem: Metal no Papel à Cherry Sickbeat

Ao ortografar esta resenha, a grande guerreira Cherry ainda estava entre nós, entretanto fomos pegos de surpresa com a triste notícia de sua partida. Essa grande mulher sempre foi referência no mundo Rock/metal feminino, não só pela presença marcante de palco, mas pela pessoa querida, honesta, apaixonada por animais, bela em todos os sentidos e carinhosa. Alguém que mesmo às adversidades encontrava um tempo para se mostrar presente fora dos palcos. Seguimos em frente com uma grande lacuna em Nossa Cena, pois um gênio se foi, mas seu legado será lembrado eternamente. Aqui expressamos nosso carinho por essa Lady e também nossos sentimentos à família, amigos e fans. Deixamos ao Nervochaos nossa solidariedade e também nossos sentimentos à banda pela grande perda. Sigam firmes guerreiros, estaremos sempre por aqui na torcida. Contem conosco amigos!

Adeus Cherry. Vá em PAZ guerreira.

R.I.P. Cherry

NervoChaos:

Lauro Nightrealm - Vocal/guitarra

Cherry - Guitarra (R.I.P)

Thiago Anduscias - Baixo

Eduardo Lane – Bateria

Tracklist:

01. Moloch Rise

02. Ritualistic

03. Ad Majorem Satanae Gloriam

04. Season Of The Witch

05. Waters Of Chaos

06. The Midnight Hunter

07. Rites Of The 13 Cemeteries

08. Vampiric Cannibal Goddess

09. Stained With Blood

10. Lord Death

11. Dead End

12. World Aborted

13. Live Like Suicide

Contatos:

Vídeo em homenagem a Cherry criado por Brain Werner - vocalista da banda Vital Remains

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