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  • Andre Santos

STRESS – Show de quarenta anos de trajetória no palco do Sesc Belenzinho


Realização: Projeto Música Extrema – 24/02/18

Live Evil

Texto: André Santos

Vídeos: Maria Correia

Fotos: Humberto Morais

Banda Stress é formada por:

Roosevelt "Bala" Cavalcante - baixo e vocal

Paulo Guilherme – guitarra

André Lopes Chamon – bateria

Links:

O trio paraense de Heavy Metal, nasceu em Belém/PA em 1977, com certas influencias, tais como: Deep Purple, Led Zeppelin e Black Sabbath. A banda Stress gravou um disco homônimo, considerado o primeiro disco de Heavy Metal do Brasil. Sendo que mais uma vez o trio desembarca em “Sampa” para realizar um show em comemoração dos seus 40 anos de estrada, e, desta vez, o palco da instituição Sesc Belenzinho com seu projeto autoral da Música Extrema, que agrega em seu “Cast” os jovens Dinossauros do Metal Nacional, onde os mesmos vem a apresentar um repertório recheados de belos clássicos, músicas de seus três álbuns "Stress" (1982), "Flor Atômica" (1985) e "III" (1996).

Já com o show agendado para as 21h30min. do dia 24 de Fevereiro (Sábado), o trio paraense Stress, sobe ao palco com o seu poderio sonoro, já com o seu público apostos e extasiados para presenciar uma noite de um grande espetáculo. Em relação ao desempenho dos músicos não há o que se falar de negativo, pois o trio fez o show com maestria, como já era de fato esperado, e, além de tudo, mais uma vez o Stress prova ter uma ótima presença de palco, sorrindo em vários momentos e vibrando junto com o público. A banda soa muito vigorosa e reproduz a sua música ao vivo com muita garra e energia, para o delírio de todos os presentes. O que se viu em cima daquele palco, desde o início até o final, foi um show de peso, energia e garra, uma verdadeira aula de Heavy Metal, sem dúvida nenhuma. E para o gênero que a banda executa, não deve ser contestada por ninguém que conheça pelo menos um pouco o Metal. Mesmo assim, vê-los ao vivo apenas reforça isso, pois o Stress tem muito gás para queimar ainda pelos palcos brasileiros!

Já o set-list foi muito bem escolhido, onde contou com seus grandes clássicos, em que a banda inicia os serviços no palco, arrebentando com as viradas insanas de André Lopes na bateria que já anuncia a clássica canção do homônimo disco. Os acordes de “Sodoma e Gomorra” tomam conta do palco, e, ao fim da prestação da mesma o “Bala”, aproveita para desejar boa noite ao público paulista.

Logo em seguida, o Paulo Gui; inicia os acordes da clássica canção “Heavy Metal” do álbum Flor Atômica, e a galera dá um show acompanhando o trio, com seus refrões grudentos, fora os agudos extraídos por “Bala”, que dão um gás a mais na composição. Prosseguindo seu frontman, aproveita a pausa e encontra um momento para agradecer. “Quero dizer que é um enorme prazer em comemorar os 40 anos de estrada de Metal, aqui na cidade mais “Pauleira” do Brasil”. A próxima música é um incentivo às pessoas que encontram certos obstáculos na vida” (Bala). A canção se refere a “Não Desista”. Na pausa seguinte, após a prestação anterior, "Bala" comenta que a primeira música feita pela banda foi a “Stressencefalodrama”, uma “classiqueira” de 1978, onde o público agitou a todo momento embalados por seus acordes bem encaixados nas harmonias, resultando em uma rítmica envolvente, até o próximo clássico “Inferno Nuclear”. Não se via nada além de uma enorme agitação, ainda mais intensa e forte. E, não tem nada mais prazeroso do que ver uma banda executando seus “Hinos” de forma original, mantendo suas principais características. Seguindo, o publico é presenteado por “Oráculo de Judas”, uma clássica balada arrepiante, onde todo o contexto lírico da composição, o trabalho da rítmica entre o baixo e batera se destacam aos meios de acordes, riffs e solos envolventes de Paulo Gui, guitarra do Stress.

A próxima canção foi um dos pontos que me chamou atenção. Refiro a interpretação de André Chamom na música “Lixo”, que além de tocar seu Kit com muita sabedoria, o mesmo dá um belo destaque a canção com sua voz meio psicodélica, que logo ganha reforços de Bala e Paulo em algumas estrofes dando um belo espetáculo no palco, fora os solos precisos de Paulo Gui e Chamom destruindo o seu “Kit Drum”, em um belo solo, levando os fãs presentes ao êxtase.

E a agitação volta ao palco, com uns dos maiores “Hinos” do Metal Nacional, cito “Mate o Réu”, que levou a uma pura agitação no local, que logo vem seguida de outra emblemática, o “Single” que está presente no Super Peso Brasil I, falo da canção “Heavy Metal é a Lei”. A mesma foi elaborada em 2014, onde conta a história pessoal de Bala, de quando começou a curtir Metal, e de alguma forma, a mesma representa a história de qualquer “Metalhead” que curte este subgênero presente no Rock’n Roll.

Em seguida, o "Bala" anuncia algumas notícias, uma boa e outra nem tanto. Paulo Guilherme está se desligando da banda Stress, para seguir uma nova vida na Europa. Mas enfim, a boa é que a apresentação do novo membro da família, Emerson Lopes, que sobe ao palco para apresentar a nova composição “Anjo Perdido”, já gravada pelo novo integrante, e, segundo "Bala", o novo disco já se encontra todo gravado, já com a participação de seu novo músico. E, Emerson já mostra para que veio, o cara é bem virtuoso, iniciando a nova canção com um belo solo em “Anjo Perdido”, um som inédito do vindouro álbum, como prévia do que vamos encontrar em mais uma relíquia.

Daí pra frente o novo membro da família se mantém ao palco tocando a “classuda”, “Flor Atômica”, e, Paulo Gui, retorna ao palco, assumindo as cordas, para tocar mais algumas músicas, dando um gás a mais nas composições, e, duas guitarras dão um “peso” a mais a Jennie”, uma magnífica canção, onde deixa visível que o "Bala" é cara bem diversificado e extremamente coeso em sua forma de interpretar as canções.

A próxima canção traz uma expressão usada no Norte, para se referir àquelas meninas cheias de frescuras, com a expressão “Vêm cá, por a caso tua mãe é moça”? com uma pegada mais Rock’n Roll, e o Sesc explode com a composição “Tua Mãe é Moça”, com refrões grudentos, levando o público a loucura.

E para fechar as prestações da noite no palco Sesc, o Stress deixa as melhores para o final: “Coração de Metal” um dos grandes “Hinos” do Metal Brasileiro, e, por fim a trilha sonora de “Brasil Heavy Metal”, fecha a apresentação do Trio.

A sensação que podia ser vista no final do show, tanto por parte do público, como pela própria banda, foi a de satisfação total. A banda certamente ficou com a sensação de dever cumprido, devido a animação e empolgação do público, que manteve a animação no show todo. E esse mesmo público saiu do Sesc Belenzinho muito orgulhoso do desempenho, da garra, da empolgação e do amor que a banda mostrou em cima do palco. Os fãs agradecem e certamente aguardam o novo álbum a ser lançado e outro show com grande ansiedade. Vida longa ao Stress.

Vejam na integra alguns registros da noite de Sábado 24/02/18:

Registro da nova composição:

Set List:

1.Sodoma e Gomorra

2. Heavy Metal

3. Não desista

4.Stressencefalodrama

5. Inferno Nuclear

6. O Oráculo de Judas

7. O Lixo

8. Mate o Réu

9. Heavy Metal é a Lei

10. Anjo Perdido

11. Flor Atômica

12. Jennie

13. A Tua Mãe é Moça

14. Coração de Metal

15. Brasil Heavy Metal

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