Andre Santos
- 13 de ago. de 2018

HELLTRIBE - Brutal Reality (Ep - 2016)

Nacional

Independente

O Metal Nacional de fato sempre nos agrada, ainda mais quando nos deparamos com músicos comprometidos com o gênero que gostamos, o Metal e sua vertentes. E quando a banda tem um propósito de trazer algumas influências barrocas e até mesmo tribais, fica melhor ainda. “Tudo bem, já estamos acostumados ver esses moldes presentes dentro do Metal”, só que o lance aqui é bacana, porque temos algo muito bem feito, e, bem colocado dentro das melodias presentes, onde as percussões soam em perfeita harmonia (sem aquele esforço exagerado), tudo em “Brutal Reality”, soa uniforme e agradável.

HELLTRIBE vem com este propósito dos moldes citados nos parágrafos acima. Formada em 2014, em João Pessoa/PB, a banda apresenta uma sonorização enraizada no afro brasileiro e indígenas, justamente na utilização das percussões manejadas pelo vocal, claro tudo isso agregado a uma dinâmica agressiva e bem pesada.

E a grande demonstração desse trabalho, fica a cargo do primeiro Ep “Brutal Reality”, lançado pela banda HELLTRIBE, em meados de 2016, tendo seis composições autorais de extrema qualidade, tudo muito bem lapidado, onde as faixas não ficam presas em um só contexto, pois as diversidades presentes no “Petardo” são grandes, no que agrada muito.

Já o Ep foi produzido no Hold Studio em Campina Grande/PB, na responsabilidade de Cristiano Costa, que cuidou da mixagem, masterização e gravação, no que resultou em bom trabalho, (nada o que desqualifica a sonorização da banda). Já a arte para a capa e mais o layout de “Brutal Reality”, ficou na mão do artista Jarir Porto, com a participação de Ryan Roots (idealizador da banda), ambos membros da Helltribe.

Já o Ep, traz seis “Petardos” no que soma um pouco mais de 30 minutos, onde as audições se tornam bem interessantes, pois a banda Helltribe manda muito bem, apresentando faixas bem elaboradas, onde as mesmas fogem do seguimentos, que as faixas tem que soar iguais, cada “Petardo” do EP, tem a sua dinâmica, no que resulta em um ótimo EP. Já que estamos falando de criatividade, a primeira faixa já abre fazendo estragos. Na introdução, temos uma bela percussão, acompanhada de uma boa melodia (horas tendo um ar soturno). Sem dúvida, a faixa “Helltribe” se destaca pela sua condução, onde os riffs ácidos dão o peso na medida certa na audição.

Já na segunda faixa, temos elementos tribais em sua abertura, logo os acordes de “You Die” se tornam pesados, estilhaçando os seus tímpanos, (destaque para cozinha da banda, baixo e bateria trabalham de forma bem coesa), principalmente nas quebras das passagens.

Outra que chama muita atenção pela sua rispidez é a faixa “Imperfect World”, uma das composições mais pesadas do EP, que além de ser cheia de melodias, as percussões dão um destaque a mais, presentes em certos momentos da faixa (que porrada, com certeza uma das carros chefe do projeto).

A surradeira do EP ao estilo Soulfly, é a faixa “Cannibal Sanctuary”, onde os trabalhos entre as percussões e melodias se destacam, em uma parte da condução da faixa, ela ganha de forma natural, uma levada meio puxada para o Reggae/ Ska, o que faz a faixa ganhar um bom destaque. Sem fugir das influências que a Helltribe apresenta em sua sonorização, temos outra faixa trituradora de moleira falo de “Bloodlust”.

Já em “Apocalyptic Age”, temos um bela introdução entre violão e guitarra, dando ar muito bacana, logo os riffs insanos ganham corpo trazendo muito peso aliado a bateria, que cospe boa técnica de pedais duplo, fora que o Ryan Roots, vocal e percussionista da banda, traz muita potência a dinâmica da faixa pela sua voz poderosa.

Para fecharmos a audição do EP, temos uma faixa (bônus) “First Attack”, e, trata - se de uma live.

Bom galera, vamos ao ponto. A Helltribe lançou este EP em 2016, e, uma pena que os caras na época não tiveram a preocupação de divulgar este material, que ao meu ponto de vista é um belo registro para o Metal Nacional.

A banda tem muito potencial, sem dúvidas. Só uma pena que esta formação do Ep, se desfez, mas o Ryan Roots vem trabalhando arduamente para manter o nome Helltribe no movimento Underground. Logo no próximo ano teremos novidades sobre o HELLTRIBE. Fiquem ligados neste nome!