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  • Andre Santos

SETEMBRO NEGRO FESTIVAL – 2018: Um retorno surpreendente


Live Evil

Setembro Negro 2018

Realização: Tumba Production

Fotos: Clinger - Heavy Metal On Line

Texto: André Santos

Filmagens: Maria Correia

Depois de cinco anos de hibernação, o tradicional evento de música extrema do Brasil, retoma suas atividades após o comunicado de sua produtora Tumba Production: SETEMBRO NEGRO FESTIVAL – 2018 iniciou o ano causando ansiedade com a espera da sua 12° edição, planejada para o mês em questão.

Como já é tradição do evento, a Tumba Production trouxe para o seu Cast 16 bandas, entre elas 6 brasileiras e 10 bandas internacionais. Além disso, o próprio “Fest” reuniu diversas tribos, e, profusos de alguns estados do Brasil, até mesmo como de outros Países, que estavam alí para conferir mais uma edição do Setembro Negro. Com a programação fechada para as duas datas 29/30 de Setembro de 2018, a expectativa para o acontecimento foi atendida, pois as datas referentes a sábado e domingo, obtiveram um excelente acúmulo de público, deixando o conhecido Carioca Club localizado em Pinheiros, bem cheio.

Devido algumas informações acolhidas, sempre nos chegou que o Setembro Negro é uma referência em organização e pontualidade, claro, além de apresentar um Cast sempre respeitoso, reunindo grandes nomes do Metal e suas vertentes, sendo bem democrático com seu público. Então estávamos lá presente para conferir tão fato, e sem sombra de dúvidas, essas informações acolhidas procedem. Pois, o evento é muito bem organizado em todos os pontos que possamos imaginar: organização, fluxo, horários, etc..., caminharam perfeitamente. Os cronogramas devidamente respeitados, e, cada banda teve seu espaço e tempo bem definido.

Acredito que todos os presentes no Setembro Negro, estavam alí para ver certas bandas, e, isso em certos momentos era perceptível aos olhos, devido a empolgação do público. Aos nossos olhos, tivemos alguns destaques entre essas dezesseis bandas (isso, não quer dizer que somos donos da razão, pois cada um tem sua percepção), mas, podemos levantar ou mesmo citar algumas delas. No primeiro dia, sábado, algumas que se destacaram, e, foi (isso se refere aos pontos mais altos do “Fest”): Infested Blood, Purgatory, Aeternus e o mais esperado da noite, Coven.

Já para o dia de domingo tivemos mais destaques, que se resumiu nas bandas: Decomposed God, Enthroned, Morbid Saint e mais duas esperado da noite, Schirenc Plays Pungent Stench e At The Gates (lembrando que estamos nos referindo aos picos mais altos do Festival), pois todas tiveram suas importâncias, aliás, algumas não citadas na análise inicial, vão estar no breve resumo que seguirá logo abaixo.

Já como citados nos parágrafos iniciais, onde falamos de organização, no sábado a casa Carioca Club, abriu suas portas conforme o cronograma. Às 13hrs, o público foi adentrando ao recinto, para prestigiar a primeira atração do “Fest”, ainda com um público bem pequeno no local, a banda Human Atrocity sobe ao palco às 14hrs. Com 30minutos disponíveis, os músicos brasilienses não decepcionam.

Já com os músicos presentes no palco Rafael (V), Hernan Sepulchral (G), David Koss (B) e Renata Death (D), os mesmos empunharam o seu Death Metal de forma vigorosa e harmoniosa, extraindo uma sonorização brutal, impressionando os que estavam alí presentes no inicio do “Fest”.

Já com o encerramento de Human Atrocity, o palco fica a disposição dos pioneiros do Gravity Blast Infested Blood.

Como já era esperado, o trio brutal pernambucano formado por Diego DoUrden (V/G), Eduardo Baenre (B), Jhoni Rodrigues (D), sobem ao palco as 14h45minutos, destruindo os tímpanos de todos os presentes com seu Death Metal afiadíssimo. Os músicos tocaram algumas faixas de seus trabalhos anteriores e mais uma faixa nova. Os mesmo fizeram uma apresentação digna de cair o queixo.

Com o encerramento de Infested Blood, o palco fica a disposição para as forças atuais do Death Metal europeu.

As 15h35minutos, os alemães do Purgatory sobem ao palco abrindo os portais do mal, e, seus músicos Dreier (V), Kögel (G), Wehner (B) e Götzold (D), extraíram uma “vibe” ensurdecedora. Seus instrumentos soavam como rolos compressores que esmagavam os crânios do público, pois os alemães estavam bem à vontade no palco, proporcionando uma bela apresentação. Aliás, as apresentações começaram a pegar fogo com Infested Blood e Purgatory.

Com o encerramento devastador dos alemães, o palco fica a disposição para os noruegueses do Black Metal.

Então, às 16h30minutos, a horda Aeternus sobe ao palco para apresentar suas composições que são lapidadas no genuíno Black Metal, mas também ao Death Metal que se faz muito presente em seus hinos. Logo que a horda incorporou sua sonorização, seus músicos Ares (V/G), Specter (G),Eld (B) e Phobos (D), não deixaram a desejar e fez uma apresentação de alto nível, deixando seus presentes públicos e fãs satisfeitíssimos com suas performances no palco.

Já com o encerramento de Aeternus, o palco fica a disposição para mais uma horda norueguesa, ainda os portais do mal estão a serviço.

E, às 17h25minutos, um dos nomes bem conhecidos do Black Metal, o Taake sobe ao palco para dar continuidade a toda maldade presente no início do fim da tarde. A horda trouxe para o palco um som ríspido e agressivo. Empunhados pelos músicos Aindiachaí (G), Gjermund Fredheim (G), Frode Kilvik (B) e Brodd (D) e o Hoest, que é também vocalista do Death Cult e do Gorgoroth, fizeram uma apresentação bem vigorosa. Além disso, surgiram alguns probleminhas técnicos devido às performances do Hoest, que deu trabalho a produção, mas, ocorreu de forma bem tranquila.

Com toda a maldade dos portais obscuros se fechando, o Taake encerra sua apresentação cedendo o espaço do palco para os Santistas do Vulcano.

Então, às 18h25minutos, os representantes do Metal extremo brasileiro Vulcano, sobem ao palco para apresentar suas composições atuais, e, seus grandes clássicos. Outrora, seus músicos Zhema Rodero (G), Luiz Carlos Louzada (V), Gerson Fajardo (G), Carlos Diaz (B) e Arthur Von Barbarian (D), fizeram uma apresentação memorável, com direitos a mosh’s – pit do público, principalmente nos momentos que seus grandes clássicos eram executados no palco.

Com o encerramento devastador a banda de Santos Vulcano, os mesmos cedem espaço para a lenda viva do Metal satânico Coven.

Formada no final dos anos 60 nos Estados Unidos, pouco antes do Black Sabbath na Inglaterra (coincidentemente eles tinham um baixista chamado Greg “Oz” Osborne), apesar do som não ser tão pesado, chamavam a atenção, e, chocavam pelas letras satânicas, cantadas pela líder e vocalista Esther “Jinx” Dawson. Com uma nova formação, o Coven sobe ao palco do Setembro Negro às 19h30minutos, e, como já era esperado, suas performances foram vivenciadas pelo público brasileiro. Esther “Jinx” Dawson saiu de dentro de seu caixão, interpretando seus grandes clássicos, onde deixou o público hipnotizado por sua sonorização. Vale ressaltar que Esther “Jinx” Dawson, apresenta um belo vocal, fora a banda que mandou muito bem em toda a extensão do show. Sem sombra de dúvidas, o Coven fez um show espetacular, e, quem viu terá sempre em sua memória a performance desse grupo, pois, acho muito difícil ainda vê-los, (posso estar enganado).

Com o encerramento do Coven, o palco fica livre para a última prestação do evento, pois a lenda canadense do Speed/Thrash Metal tem o palco livre para apresentar suas composições.

Como já era previsto no cronograma, às 20h45minutos, os músicos Bob Reid (V), Dave Carlo (G), Mike Campagnolo (B) e Rider Johnson (D), fecham a muralha do Razor, que era uma das atrações esperada pelo público e fãs. Como o encerramento de sábado ficou a cargo dos canadenses, os mesmos não decepcionaram o público presente, e, tratou de fazer um show animal, com direito a algumas rodas de fãs que agitavam loucamente. Se deixasse pelo público, a noite seria pequena, mas ainda temos o domingo pela frente. Então, ao fim da prestação do Razor, fomos para casa, com gostinho de quero mais, e, conscientes que teremos o domingo repleto de Metal pela frente.

Como mencionado acima nos parágrafos, estamos aqui para narrar em resumo do espetáculo, em seu segundo dia de Setembro Negro! (DOMINGO – 30/08).

Da mesma forma que aconteceu no sábado, o domingo seguiu o seu cronograma. A casa Carioca Club, abriu suas portas às 14 horas, um pouco mais tarde referente ao sábado, onde o público foi adentrando para prestigiar a primeira atração do “Fest”, que ficou a cargo de Manger Cadavre.

Manger Cadavre veio do Vale do Paraíba/SP, para apresentar o seu Crust/Hardcore. Os seus músicos Nata de Lima (V), Marcelo Augusto (G), Marcelo Kruszynsk (D) e Jonas Godói (B), sobem ao palco às 15horas e fazem um show devastador. Uma pena que ainda a casa estava vazia, então poucos tiveram o privilégio de ver a “vib” dessa garotada que matou a pau com sua apresentação.

Depois de meia hora, os paulistas do Manger Cadavre encerrou sua prestação e cedeu o espaço para a próxima atração do “Fest”, uma das potências do Death Metal Nordestino.

Luiz Boeckmann (V), Marco Antonio Duarte (G), Jean Marcel (B) e Wagner Campos (D), formam a muralha devastadora de Decomposed God. Os músicos aproveitaram sua vinda ao Setembro Negro, para divulgar o seu novíssimo trabalho “Storm Of Blasphemies”, onde o público, às 15h45minutos puderam acompanhar toda devastação do grupo, que foram emanadas por algumas composições de álbuns anteriores e do próprio e recente Full-álbum. Além do mais, vale ressaltar que a banda apresentou um show animal no palco. É muito satisfatório ver a potência dos caras no palco.

Com o encerramento de Decomposed God, o palco fica livre para a próxima atração da tarde, onde a sequência fica mais carregada de maldade. As próximas seguintes são representantes da vertente Black Metal.

A horda Amen Corner é uma das grandes referencias e ícone do Black Metal nacional, com os paranaenses Sucoth Benoth (V), Murmúrio (G), Tenebrae Aarseth (D), Coveiro (B) (músico de apoio). Às 16h35minutos entraram ao palco e fizeram um bom show. Mas com toda a estrutura montado para o “Fest”, achei a horda meio apagada, pois a ultima vez que os vi no La – Salsa, a banda fez um show com sangue nos olhos, e, aqui no Setembro Negro a banda fez uma apresentação bacana, sendo que eu esperava mais “Punch” da horda (minha opinião – redator). Lembro, que nada desmereça o comprometimento da horda, que aliás, eles são ótimos, pois a horda vem passando por certas reformulações e procurando o devido ajustes nos encaixes de seus novos integrantes (sabemos que isso leva um certo tempo),e, tem nosso respeito, e, foram os grandes responsáveis em abrir os portais do mau para o Setembro Negro.

Já com o encerramento do Amen Corner, o espaço do palco fica a disposição para os Belgas.

O Enthroned é uma das potências do Black Metal Belga, e, seus músicos subiram ao palco às 17h30minutos. Sua formação consiste nos músicos: Nornagest (V), Neraath (G), Norgaath (B), Shagãl (G) e Menthor (D), e, os mesmos provaram porque eram tão esperados. Os cara fizeram um show impecável, aliados a riffs ríspidos e potentes, levando os seu fãs a loucura.

Após o encerramento do Enthroned, o palco é cedido para os americanos veteranos do Thrash Metal.

Os músicos Cliff Wagner (V), Jay Visser (G), Martin Russel Gesch (G), Bob Zabel (B) e DJ Bagemehl (D), sobem ao palco às 18h25minutos, para o delírio da galera presente. Eu mesmo, não imaginava que a banda Morbid Saint tinha uma potència ou mesmo um "Punch“ tão devastador. Ainda se referindo a vertente Thrash Metal, os “guitarman”, estavam afiadíssimos, extraindo riffs extremamente ríspidos. Jay socava nossos tímpanos com sua voz esmagadora de crânios, e as rodas constantemente eram abertas, devido a tanta energia emanada do palco. A banda tem um fato curioso (a banda era queridinha de Chuck Schuldiner, para abrir os shows do lendário Death. Inclusive, o manager de Chuck, Eric Greif, foi o produtor de “Spectrum Of Death”). Agora sei o motivo de tal fato, porque a banda é uma potência no palco.

Com o encerramento de toda a potencia do Morbid Saint, o palco é cedido para outra potencia do Metal doentio.

Schirenc Plays Pungent Stench era uma das mais aguardadas da noite. A banda é comandada por Martin Schirenc. O vocalista e guitarrista da lendária banda austríaca Pungent Stench, que foi uma das mais importantes formações do Death Metal mundial no começo dos anos 90. Devidos alguns problemas judicias, surgiu essa nova formação para Schirenc Plays Pungent Stench, que sobe ao palco do Setembro Negro, às 19h25minutos para apresentar os grandes clássicos do Pungent Stench para o delírio de seus fãs presentes. Aliás, a banda fez uma apresentação devastadora, onde as rodas eram constantes até com direito a subida ao palco para realizar o (Stage Diving), “mergulho do palco”.

Após a destruição de Schirenc Plays Pungent Stench, o espaço do palco é cedido a outra atração do “Fest”, sendo a penúltima da noite de domingo.

Os suecos do Wolfbrigade sobem ao palco às 20h30minutos para apresentar o seu Crust Punk, que levou a galera a loucura, pois, a rodas eram insanas, devidos suas prestações no palco.

Já para o encerramento da noite, temos a tão aguardada atração do “Fest”, que sobe ao palco as 21h45minutos. Os músicos Tomas "Tompa" Lindberg (V), Martin Larsson (G), Jonas Stålhammar (G), Jonas Björler (B) e Adrian Erlandsson (D), sobem ao palco do Setembro Negro para divulgar o seu recente álbum intitulado de “To Drink from the Night Itself”. Falo de At the Gates, que leva os seus fãs ao delírio com suas composições, pois os músicos levaram a galera ao êxtase, com tanta energia emanada do palco.

Enfim, só tenho a dizer que um dos maiores festivais realizados dentro da capital paulista, o Setembro Negro está de volta e foi impecável. Só tenho que parabenizar a Tumba Production por realizar um “Fest” tão importante e ainda por cima com tanto profissionalismo. Parabéns a todos os envolvidos!

Acompanhe os vídeos registrados por nós no Setembro Negro - 2018, 29/08/ Sábado:

Human Atrocity:

Infested Blood:

Purgatory:

Aeternus:

Taake:

Vulcano:

Coven:

Razor:

Acompanhe os vídeos registrados por nós no Setembro Negro - 2018, 30/08/ Domingo:

Manger Cadavre:

Decomposed God:

Amen Corner:

Enthroned:

Morbid Saint:

Schirenc Plays Pungent Stench:

Wolfbrigade:

At The Gates:

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