top of page

Entrevista com Douglas Martins • Deep Memories


Bem vindo meu amigo Douglas ao Metal no Papel, mano já quero iniciar essa entrevista te perguntando como foi o processo de gravação do full álbum “Rebuilding the Future” ?

R: Grande Italo! Antes gostaria de agradecê-lo por esta grande oportunidade em conceder esta entrevista ao sensacional Metal no Papel!. Cara, o processo de gravação do Rebuilding the Future começou quando eu "criei coragem" de registrar uma série de riffs que eu tinha composto depois de deixar a Desdominus em 2005. Começou de maneira despretensiosa e foi se tornando sério, pois quando vi já estava com varias musicas e iniciei a pesquisa e aquisição dos equipamentos para meu home studio. Foi uma jornada incrível, aprendi muito sobre o meu eu musico, que apesar de vários anos se passaram após minha ultima experiência de estúdio (havia sido em 2003) aquela chama ainda estava acesa e poder produzir seu próprio material é algo transcendental, você se vê no limite o tempo todo, exigindo de si e da sonoridade o máximo, então foi muito legal.

E sobre o lançamento o disco foi lançado no Brasil, Rússia e Japão certo? Conte-nos mais detalhes sobre o lançamento, soube que no Japão o disco saiu com outra arte.

R: Isso mesmo. Após concluir a masterização do material no final de março de 2018 eu comecei a buscar parceiros para lançar o material. Aqui no Brasil a Heavy Metal Rock e a Misanthropic Records fizeram uma parceria para o lançamento o que para mim foi uma grande honra, duas lendas do metal nacional como o Wilton e o Canis Lupus apoiando o Deep Memories me deixou muito empolgado! Na seqüência espalhei o material ao redor do mundo, buscando parceiros para lançamento fora do Brasil e os selos Invasion of Solitude Records do Japão e GS Productions da Rússia se interessaram e fechei com eles. Sobre a arte, inicialmente seria a mesma capa em todos os lançamentos. Mas no meio do caminho eu havia decidido substituir a capa, porem eu já havia enviado para todos os selos. No Japão me propuseram de manter a capa inicial que foi elaborada pela Cadies Art de SP e assim seguimos.

O projeto “Deep Memories” vai permanecer one man band ou vai reunir uma galera pra tocar ao vivo?

R: Ultimamente muita gente tem proposto para o Deep Memories tocar ao vivo. Mas nesse momento ainda não vejo como viabilizar este desafio. Tocar ao vivo envolve muitas coisas, formar uma galera comprometida, ensaios... Mas o que mais me desmotiva são as condições que são oferecidas para as bandas no circuito underground brasileiro. Estes últimos finais de semana estávamos vendo uma avalanche de shows gringos fantásticos, PAs de primeira, iluminação, infra-estrutura profissional, mas para as bandas brasileiras infelizmente não temos nada disso, as bandas acabam tendo que se sacrificar e muitas vezes ter prejuízo, com equipamentos de baixa qualidade e o pior, baixo público. Seria hipocrisia eu falar que devemos escolher shows nacionais ao invés dos gringos... Ainda estamos longe do profissionalismo, e isso me desanima de maneira geral... Sinto falta dos brothers das antigas, da época que ralava na estrada, muitas vezes voltando para casa com prejuízo, mas com a "alma lavada". Hoje não tenho mais esta disposição. Mas não posso dizer nunca... Quem sabe, vamos deixar rolar.

Quais foram as influencias pra este disco de estréia do Deep Memories, eu vejo na sonoridade da Deep. Doom, Black Metal e Ambient Black Metal. Conte nos as inspirações que levaram as composições deste álbum.

R: Realmente, as influencias que citou realmente fazem parte da estrutura das musicas do Deep Memories. Eu sempre ouvi muito Doom metal, este foi um dos estilos que mais aprecio juntamente com o Heavy Metal e Black metal. Minhas inspirações vieram sempre dos pioneiros do metal mundial como Black Sabbath, Iron Maiden, Kiss e Judas Priest. Foram eles que me inspiraram a ter um estilo de vida metal desde meus 13 anos... Na questão de influencias musical, eu posso citar bandas mais extremas como Hypocrisy, Katatonia, Tiamat, Bathory, Theatre of Tragedy, Rotting Christ e tantos outros.

Você pretende iniciar outros projetos alem do Deep Memories? Um projeto em outra pegada talvez.

R: Neste momento estou trabalhando em um projeto de um amigo que também fez parte do Desdominus. Willian Gonçalves chamado LOW LEVELS OF SEROTONIN, estou apoiando na mixagem do álbum que deve sair em breve. Após o lançamento deste primeiro álbum temos a idéia de voltar a compor juntos. Mas nesse momento estou juntando os riff’s para começar as gravações do segundo álbum do Deep Memories. Minha idéia é começar a gravação em Janeiro de 2019.

E quais detalhes você já pode nos revelar sobre este novo disco do Deep Memories, já sabe que tema lírico ira abordar, ou as “linhas líricas” permanecerão as mesmas?

R: Ontem estive organizando os riff’s e trechos de musicas. Boa parte do material que compus nos ultimos meses está mais atmosférico e pesado, também terá uma pegada mais viajada, mas o peso talvez surpreenda um pouco. No quesito lírico, tenho a idéia de seguir a mesma idéia do Rebuilding the Future, parte do álbum será uma história dividida entre as musicas, tenho algumas idéias já bem formuladas, mas ainda nada escrito. Tenho a idéia de acrescentar partes de violão que no primeiro álbum não incluí, e também experimentar mais tipos de vocal, mais vozes limpas, mas tendo como base o vocal rasgado e gutural.

Muito Obrigado Douglas por aceitar o meu convite pra esta entrevista, espero entrevista-lo novamente após o lançamento do próximo álbum. Deixo aqui o espaço para suas considerações finais.

R: Eu quem agradeço meu brother Italo! Vida longa ao Metal no Papel e Hell's Ambassador! Confirma as novidades do Deep Memories no site oficial www.deepmemories.com.br! Horns Up!!

bottom of page