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  • Foto do escritorMaria Correia

Nome histórico do underground carioca, Unabomber retrata convulsões sociais em novo clipe


By Build Up Media

“A Celebração da Peleja entre o Molotov e a Máquina” tem performance explosiva

O caos social do Rio de Janeiro ganha força nas canções do Unabomber. Tradicional banda do underground no estado, eles continuam a surpreender após muitos anos de estrada. Em “A Celebração da Peleja entre o Molotov e a Máquina”, o grupo canta a relação distópica entre modernidade e natureza cada vez mais atual. O vídeo já está disponível no canal oficial de YouTube e a faixa integra o EP “O Mal da Máquina Morre”, lançado em 2019.

Assista a “A Celebração da Peleja entre o Molotov e a Máquina”:

Ouça o EP “O Mal da Máquina Morre”: https://album.link/br/i/1449042045

Contrastando imagens de arquivo da internet com a banda ao vivo, o registro busca demonstrar os atuais conflitos entre o mercado, a produtividade e meio ambiente presentes na letra, composta por Ayam Ubrais Barcos.

“É uma poesia política com metáforas. A máquina representa o sistema e o molotov é a consciência, de repente iluminada. O saber que se está dentro desse sistema e como ele funciona. A consciência, antes nas trevas, está incendiada, iluminada”, reflete o compositor.

No início da história do Unabomber, se reuniram para tocar despretensiosamente o baterista Paulo Stocco (com passagens por Jason, Mandril e Perdidos na Selva), os irmãos Sandro Luz (guitarra) e André Luz (vocais) e o baixista Alan Vieira, responsável pela produção do novo vídeo. Após alguns shows, resolveram recrutar mais um guitarrista e Jeff Barata assumiu a posição.

A estreia da banda foi em 1995 com uma demotape auto-produzida homônima. A repercussão foi grande, chegando a todos os zines especializados da época. A segunda tape, “R”, teve produção de Rafael Ramos (Pitty, Titãs, Dead Fish) e foi lançada em 1998. No ano seguinte, o Unabomber encerrou suas atividades.

18 anos depois eles voltaram com o EP “Massas & Manobras S/A”, com produção musical de Celo Oliveira, além de projeto visual do fotógrafo Marcos Hermes. E em meio ao xadrez sócio político vivido no presente, a banda compôs e gravou “Silêncio”, também produzida por Celo Oliveira e lançada no final de 2017, como primeira faixa inédita após o retorno. Jeff, o segundo guitarrista, deixou a banda pouco após esse single.

Voltando às origens em sua formação de quarteto, o Unabomber lançou uma versão de “Pesadelo”, composta por Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós, gravada originalmente pelo MPB4 em 1972. A letra é atual e passeia por velhas preocupações ressurgidas e a necessidade de novas perspectivas, em meio à maior polarização política, social e ideológica jamais vista no país.

Isso se reflete em “O Mal da Máquina Morre”, EP lançado esse ano e que conta com “A Celebração da Peleja entre o Molotov e a Máquina”. O lançamento vem para somar a uma história que se estende por quase um quarto de século de arte e luta.

Ficha Técnica:

Vídeo por Alan Vieira

André Luz (voz)

Alan Vieira (baixo)

Paulo Stocco (bateria)

Sandro Luz (guitarra)

Mixado e masterizado por Celo Oliveira

Letra:

Beber, Beber, Beber o Molotov

Amotinada multidão

Guerrear, Guerrear, Guerrear em paz a morte

Revolta e vem.. Revolta e vem..

Em minhas veias, lava e sangue..

Em meu rosto o suor

Insurgente feito os calos

Em minhas mãos de sol a sol..

Sem dar trégua à serpente, gasolina, óleo e gás..

Brinda o fogo camarada.. Brinda o fogo.. Brinda ao fogo

Rumar, Rumar, Rumar ao Molotov..

Trincar o mal da Máquina..

Incendiar, Incendiar, Incendiar a engrenagem..

Deixar queimar.. Deixar queimar.. Deixar queimar..

Em minhas veias, lava e sangue..

Em meu rosto o suor

Insurgente feito os calos

Em minhas mãos de sol a sol..

Sem dar trégua à serpente, gasolina, óleo e gás..

Brinda o fogo camarada.. Brinda o fogo.. Brinda ao fogo

O mal da Máquina morre

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