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Foto do escritorJP Carvalho

Sumerian Project, eles estão entre nós!


O Sumeriam Project, como o próprio nome diz, é um projeto capitaneado pelo baterista e tecladista Maycon Phantoms, criado em São Paulo no ano de 2019, o projeto conta apenas com o músico acima citado e participações de outros músicos que dão vida as criações de Maycom, além disso a banda aposta em temáticas líricas muito diferentes do usual. Hoje conversamos com Maycon e o resultado desse bate papo você confere a seguir.

Metal no Papel: Primeiro gostaria que você se apresentasse aos nossos leitores e nos fale sobre os seus trabalhos.

Maycon Phantoms: Sou baterista, tecladista, idealizador do Sumerian Project, que por sua vez é uma banda/projeto onde convido amigos e músicos para gravar ideias e temas, sempre relacionados a Ufologia ou que possa oferecer algum paralelo, como é o caso do nosso novo EP “Alien Nation”, que é composto de alusões a nosso meio de vida e aos nossos costumes auto destrutivos. Estamos disponibilizando os sons aos poucos, conforme vamos gravando.

Hoje em dia para soltar uma música tem que ter algum material de vídeo, parece um lance obrigatório, então você gasta com a gravação, com a mídia, com o vídeo, você gasta de todo lado. Então nesse ritmo vamos soltando um EP por semestre, essa pelo menos é a nossa meta. “Alien Nation” está sendo finalizado, enquanto isso acontece, eu já estou gravando o próximo EP e fechando parcerias e adiantando o que é possível em casa nesses tempos de quarentena.

MNP: Por que Sumerian Project e do por que chamá-lo de Alien Metal?

Maycon: Hoje em dia existem mil rótulos, Metal isso, Metal aquilo e eu quero ter liberdade para minha música, ter uma vibe x e em outra uma vibe y, eu quero que uma música tenha um baião, que possa ter Blast Beats, quero que possa parecer Gótico em um som, Heavy em outro, Eletrônico em outro, por isso resolvi criar meu próprio rótulo, uma coisa específica, que possa gerar curiosidade,

O Sumerian Project deixa a cargo do ouvinte o rótulo, a priori somos apenas Alien Metal e depois que vocês ouvirem podem nos dizer o que realmente acham que é.

MNP: Como é o seu processo de composição, existe a liberdade para que os convidados coloquem o seu próprio estilo nas suas músicas?

Maycon: Eu escrevo as músicas estruturalmente, gravo baterias e teclado, componho melodias de vozes primárias, faço toda a pré-produção, sem baixo nem guitarra, teclados voz ou baterias, a pessoa grava, e eu não influencio em nada, mas já aconteceu de o material apresentado não ter condições de ser usado, e eu ficar numa baita saia justa, tem também o caso de pessoas que não dão atenção e demoram meses e meses para gravar uma música, e nossa cronograma vai indo para o ralo. No EP Alien Nation, eu convidei a Roh Souza e o Filipe Rafalzik que fez as guitarras, mas nesse caso, temos uma parceria remunerada, ele faz no tempo que eu peço e isso não tem preço. E eu de forma alguma, influencio no que ele faz com a guitarra, mas ele sempre acerta em cheio,

O Maurício Amaral, guitarrista do Anthares finalizou um single comigo dias atrás e eu não dei nenhum pitaco nas guitarras que gravou, gosto que a pessoa contribua, por que no fim das contas o processo fica impregnado de sua personalidade musical, e é muito bom ter outro feeling pra variar.

MNP: É mais confortável para você, trabalhar neste formato de projeto e não ter uma banda fixa que auxilie e participe ativamente das composições e porque investir neste formato?

Maycon: É uma questão delicada, tenho o hábito de compor todos os dias, e sempre tenho uma ou duas músicas em processo. Uma banda física, onde todo mundo contribui iria acabar amarrando isso, as pessoas trabalham, estudam, já tem outras bandas, esposas ou namoradas, eu não posso cobrar ninguém, e não consigo esperar pela disponibilidade dos amigos.

A ideia é lançar dez músicas em um ano, reunir uma banda física já com a identidade musical formada e com material para os shows, o que vai empolgar quem vier a trabalhar no projeto de forma efetiva.

Recentemente passei por uma banda, ensaiava na Zona Norte de São Paulo de noite, íamos gravar um disco e de última hora os caras tiveram problemas e todo o investimento de tempo e grana e estudo das músicas foram para o ralo. Hoje prefiro fazer assim, no meu beat, por que não me frustro e as coisas acontecem de verdade.

MNP: O EP “Humannaki” traz uma sonoridade coesa e muito rica em temas lírico, como foi a aceitação do público a este material?

Maycon: O EP “Humannaki” foi lançado com duas músicas, as duas em Si menor, uma complementa a outra. Fizemos um vídeo clipe com os convidados que o gravaram, Marco Alexandre, um velho parceiro musical, Michel Marcos no vocal, Bruno Midiway também parceiro musical das antigas, e Thiago Anduscias, ex-Nervochaos.

Este EP, liricamente fala de que nós somos a criação de visitantes espaciais desde o começo e nossa temática é toda embasada pela mitologia Suméria e Mesopotâmica. Mesmo assim podemos fazer paralelos com questões sociais em que vivemos hoje.

Na mitologia Suméria a raça humana foi criada para ser escrava, os Anunnaki nós criaram para escavar os rios Tigre e Eufrates. Mas saímos de controle, éramos desobedientes, tentaram nós aniquilar, com dilúvio e tudo mais, mesmo assim aqui estamos, destruindo e conflitando, como parasitas consumindo seu hospedeiro.

MNP: Você acha que a humanidade estaria preparada para saber da existência de vida inteligente em outros planetas, além do nosso?

Maycon: A humanidade não está preparada nem para assumir seus erros, estamos coexistindo com vidas alienígenas em nosso planeta e nem damos conta disso. Se isso vier a tona de uma vez, esse mundinho teo-criacionista desmorona de vez, o senso de moral e ética da humanidade é muito tênue.

No single gravado pelo Maurício Amaral do Anthares e que vai se chamar “Sumerian Belives”, fala exatamente disso, do que estão nos revelando aos poucos e de nossas origens alienígenas, gradativamente. Hoje em dia temos programas de televisão embasados por Zacharias Scitin, e temos também, essa teoria discutida e abordada por inúmeros filmes, que são ou podem ser uma forma de preparação para essa verdade. A humanidade é muito primitiva e o cinema, a ficção científica acaba antecipando e preparando as pessoas, basta olhar a popularização dessa cultura boa últimos 50 anos.

E mais, para um caça decolar atrás de um objeto no meio da noite muitas ligações foram feitas, até o presidente precisa autorizar, e isso acontece, o fenômeno UFO é real e estamos vivendo ele todos os dias. A humanidade é cegada pela religião, que é a verdadeira besta em um mundo de trevas e luz

MNP: Além da religião, você crê que o Estado também trabalha para o emburrecimento das pessoas buscando dominar e explorar em benefício próprio?

Maycon: Tudo gira em torno de quantas horas uma pessoa rica pode tirar de você, o governo quer a classe operária ignorante, pouco instruída e barata, acredito que alguns governos no mundo, obviamente os de extrema direita trabalham para isso, para justamente aumentar a disparidade social, manter o sistema funcionando, o pobre simplório se contentando com seus carnes e um celular novo, trabalhando a vida toda apenas para subsistir. Acho que o nome é capitalismo né. Não que eu seja contra o capitalismo, mas precisa ser melhorado, desse jeito é um prato cheio para vampiros poíticos como Bolsonaro e Trump.

MNP: O Brasil vive um momento angustiante, além do isolamento social na busca de controlar a covid-19, a economia também não vai “bem das pernas”, será que com mudanças nas regras econômicas, adaptando-se aos dias de hoje e em como ela redistribui a renda, essa realidade possa mudar em um curto espaço de tempo?

Maycon: Absolutamente não, a não ser que seja para pior.

MNP: Quais são os planos do Sumerian Project ainda para 2020, um álbum completo com músicas inéditas, quem sabe?

Maycon: O Ano de 2020, para o Sumerian Project será de construção, iremos soltar ao menos sete músicas até o fim do ano, em dois EPS e um ou dois singles, e essas são músicas com toda a pré-produção pronta que esperam apenas a gravação final, vozes e bateria de verdade.

O problema disso é que hoje em dia para você soltar uma música, é quase obrigatório ter esse material em vídeo, o que encarece o processo infinitamente, um lyric video aqui, um vídeo clipe ali, um making off com som de fundo, mas alguma coisa assim tem que ter. Então, 2020 será só soltar as músicas, e quem sabe em 2021, pensar em shows.

MNP: Muito obrigado pela entrevista, agora o espaço é seu para suas considerações e deixar uma mensagem aos nossos leitores.

Maycon: Eu que agradeço o espaço, o desprendimento em convidar uma banda realativamente nova e que aborda temáticas não muito populares. Agradeço a todos que nos acompanharam até aqui no Metal no Papel e os convido para ouvir nossas músicas e embarcar na nave do Sumerian Project, lembrando que em breve nosso novo EP “Alien Nations” estará disponível para audição.

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