top of page

Bangers Open Air nasce grande: Saiba como foi o segundo dia do festival

  • Foto do escritor: Filipe Moriarty
    Filipe Moriarty
  • 8 de mai.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 10 de mai.



No sábado, o Bangers voltou, dessa vez iniciando às 11h55 com o Burning Witches — uma das sensações do “female metal” já destruindo tudo! No Ice Stage, as garotas provaram que o metal tradicional ainda respira (e grita) forte. Liderado por Laura Guldemond nos vocais, o grupo focou a performance em faixas do disco Dance with the Devil (2020), e apenas a faixa-título do disco The Spell of the Skull (2024) esteve presente.



No Sun Stage, o Viper ressurgiu sem Pit Passarel, que nos deixou em 2024 — e a ausência foi sentida mais pela banda do que pelo público. O Viper que se apresentou junto ao Shaman no ano de 2023 — quando o nome ainda era Summer Breeze —, entregou uma apresentação enérgica e cheia de homenagens ao baixista fundador, tocando faixas de Revolution, Coma Rage e ainda celebrando o legado de André Matos com "Living for the Night" — faixa que culminou no fim da apresentação do grupo.



No fim do show do Burning Witches, o H.E.A.T assumiu o Hot Stage. Kenny Leckremo e banda foram um show à parte — o vocalista é enérgico, animado e, sem sombra de dúvidas, domina o palco. Leckremo teve tempo de fazer de tudo, até puxou o público com uma intro de "War Pigs" (Black Sabbath) perto do final do show — que acabou no clássico "Living on the Run". H.E.A.T já pode entrar na lista de top 3 do dia.






O Municipal Waste assumiu o palco às 14h e, além de aproveitar a grande massa que já estava presente no show do H.E.A.T, botou a galera pra rodar no mosh! Fundado por Ryan Waste e Tony Foresta, o grupo trouxe o crossover pro sábado do festival. A banda abriu sua apresentação com "Slime and Punishment" (2017) e seguiram com "Breathe Grease" (2017) — ambas faixas do seu último lançamento, de nove anos atrás.



Às 15h20, o Sonata Arctica iniciava o que seria o começo da “noite da espada”, embalado por uma sequência de Power Metal e Metal Melódico nos palcos principais: O Kamelot, que substituiu o I Prevail, e levantou uma multidão jovem e emendou mashups de Rush e Queen no meio do set, Saxon e Powerwolf foram os encarregados de continuar.



O Hot Stage viu o Saxon subir ao palco como já se espera de uma banda veterana. Era pouco mais de 17h20 quando os professores e precursores do heavy metal inglês deram aula de como se faz um show. Não faltou nada. O grupo já iniciou com a faixa-título do disco Hell, Fire and Damnation (2024) e ainda explorou — mesmo que pouco, afinal um show do Saxon sempre vai parecer curto diante de tantos clássicos — canções como "Power & the Glory" (Power & the Glory, 1983), "Denim and Leather" (Denim and Leather, 1981), "Motorcycle Man" e "Wheels of Steel" (Wheels of Steel, 1980). A canção final foi "Princess of the Night" (1981), como já é de costume.






O Powerwolf foi outra lição do primeiro dia, a banda alemã fundada em 2004 representou e mostrou a consistência de sua base de fãs. Se os jovens fãs aprenderam com Saxon, os mais conservadores e tradicionais aprenderam com o Powerwolf — sem sombra de dúvidas.



O Dark Angel era, sem dúvida, a entidade mais aguardada da noite — e a expectativa virou tensão quando um verdadeiro congestionamento humano tomou conta da passarela do palco. Não era pra menos: a lendária banda de thrash metal californiano fazia sua estreia histórica no Brasil. O público respondeu à altura, ciente de que estava prestes a ver algo raro.



A formação atual veio com Ron Rinehart nos vocais, Laura Christine nas guitarras, Mike Gonzalez no baixo e o colosso Gene Hoglan — senhor absoluto das baquetas — garantiu a brutalidade e foi ovacionado. Eric Meyer ficou de fora por motivos dignos de tour sul-americana: “Tentou embarcar três vezes, mas teve três voos cancelados”, revelou Rinehart. Clássicos como "Merciless Death", "The Burning of Sodom" e "We Have Arrived" fizeram jus à reputação explosiva da banda. O show foi uma aula de velocidade, técnica e peso. E foi na metade do set que a emoção bateu mais forte: “Extinction-Level Event", single inédito de 2025 — depois de 34 anos sem lançar nada — foi dedicada por Ron à Jim Durkin, guitarrista fundador que faleceu em 2023.






O Sabaton chegou cheio de História e Carisma. Joakin Brodén tocou em guitarra rosa, cantou a canção que nós sempre esperamos que cantem — “Smoking Snakes”. que homenageia três soldados brasileiros da FEB (Força Expedicionária Brasileira) que lutaram na Segunda Guerra Mundial. O Sabaton cresceu para o público brasileiro nessa hora.



O Lacrimosa foi quem quebrou o ciclo do power metal. No Sun Stage, um dos grupos mais populares do estilo gótico levou o público ao delírio, melódico e magnético.Tilo Wolff comandou a apresentação. Entre os destaques do setlist, "Schakal" foi a mais significativa - o grupo atendeu pedidos dos fãs e adicionou a canção com exclusividade para apresentação aqui no Brasil.



Embora a organização tenha espalhado bem as bandas pelos quatro palcos, pecou ao jogar a maioria da cena nacional lá no fundinho do teatro (Palco Waves). Bandas como Valvera, Gloria Perpetua, Malefector e Carro Bomba mereciam mais que o porão do teatro. Apesar disso, o Waves Stage teve público! Mas esconder artistas locais em horários ingratos é miopia. O BOA nasceu grande — agora só falta olhar pro próprio quintal com a mesma reverência que tem pelos gringos

As opiniões expressas nesse site são de responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a opinião de seus editores.

Site criado por JP Carvalho da JPGraphix, para Metal No Papel 2017 / 2020 - Todos os direitos reservados.

Fale conosco:   mnp.metalnopapel@gmail.com

bottom of page