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Com “Aspiral”, o Epica revisita o passado olhando para o futuro

  • Foto do escritor: Maicon Leite
    Maicon Leite
  • 16 de abr.
  • 4 min de leitura

Chegando ao seu nono álbum de estúdio, o Epica não dá ponto sem nó. Em uma carreira que soma mais de duas décadas, a banda retorna às suas raízes, combinando grandiosidade orquestral com uma abordagem mais direta e emocional. O título “Aspiral” é inspirado na escultura homônima de 1965 do artista polonês Stanisław Szukalski, simbolizando renovação e inspiração, algo que é nitidamente sentido nas 11 faixas do álbum: renovação e inspiração. Mas com um toque de “volta às raízes”.


Em nota, o grupo declarou: ​"Todos nós na banda nos incentivamos mutuamente a criar o melhor álbum possível", compartilhou o Epica. "Mais uma vez, exploramos novas fronteiras musicais e líricas, e esperamos que “Aspiral” ressoe com você tão profundamente quanto ressoa conosco. O todo é verdadeiramente maior do que a soma de suas partes — este álbum foi feito para ser experienciado em sua totalidade."


Além do já tarimbado time, formado por Simone Simons (vocal), Mark Jansen (guitarra/vocal), Isaac Delahaye (guitarra), Coen Janssen (teclados, piano, orquestrações), Rob van der Loo (baixo) e Ariën van Weesenbeek (bateria), o álbum traz as participações de Marcela Bovio, Marjan Welman e Linda Janssen-van Summeren nos backing vocals. Marcela já é conhecida dos fãs, presente nos álbuns desde “The Quantum Enigma” (2014), enquanto Marjan faz sua estreia. Linda, que é esposa de Coen, está com a banda desde o segundo álbum, “Consign to Oblivion”, de 2005.


Track list do álbum:

1. Cross the Divide2. Arcana

3. Darkness Dies in Light - A New Age Dawns Part VII -

4. Obsidian Heart

5. Fight to Survive - The Overview Effect -

6. Metanoia - A New Age Dawns Part VIII -

7. T.I.M.E.

8. Apparition

9. Eye of the Storm

10. The Grand Saga of Existence - A New Age Dawns Part IX -

11. Aspiral


Confira o álbum do Spotify:


Mantendo os elementos característicos que consagraram seu estilo — como orquestrações, coros e a combinação de vocais líricos e guturais — o grupo explora novas fronteiras sonoras e estruturais, demonstrando estar aberto a novas possibilidades. Embora seja difícil traduzir em poucas palavras o que esperar do álbum, há algumas faixas a serem destacadas. ​A abertura, com "Cross the Divide", exemplifica essa abordagem. Com uma melodia cativante e intensa, a música destaca a performance sempre marcante de Simone Simons, que atua tanto como protagonista quanto como narradora, conferindo à canção uma atmosfera quase operística. “Arcana”, a segunda faixa, traz mais pomposidade.


Assista ao vídeo de “Cross to Divide”:


Algumas resenhas observam que, embora o álbum siga a fórmula clássica do Epica, “Aspiral” introduz elementos e estruturas inéditas, mostrando que a banda deseja evoluir musicalmente. Além disso, “Aspiral” apresenta uma diversidade estilística que agradará gregos e troianos e que já é conhecida dos fãs. As músicas incorporam influências de Thrash, Death Melódico, Industrial e até elementos de música eletrônica e pop, resultando em composições mais diretas e acessíveis, sem perder a complexidade e a profundidade lírica que caracterizam seu estilo.


A faixa "T.I.M.E." com muitos vocais extremos - destaca-se por abordar temas de autodescoberta e crescimento espiritual, representando "Transformação, Integração, Metamorfose e Evolução". Outra música com vocais guturais a ser destacada é “Eye of the Storm”, que inicia com ótimos arranjos orquestrais e riffs pesados, que se casam perfeitamente com as linhas de teclado e o refrão marcante.


Entre as onze faixas do álbum, quatro se destacam por apresentarem um hífen em seus nomes — especialmente uma sequência que forma uma trilogia sob o tema “A New Age Dawns”. São momentos em que a banda se permite extrapolar limites: as composições mais extensas do disco mergulham fundo em estruturas progressivas, tudo isso com uma dose generosa de grandiosidade sinfônica, quase como se desafiassem o ouvinte a acompanhar sua ambição sonora.


O álbum chega ao fim com a faixa-título, movida ao piano e orquestrações, com uma performance irrepreensível de Simone, que dá um show à parte e mostra porque é uma das vocalistas mais celebradas do Metal. A parte mais pesada em sua metade final dá um toque dramático e encerra mais um grande capítulo na história destes obstinados holandeses.


“Aspiral” foi gravado no Sandlane Recording Facilities, com produção de Joost van den Broek, que compartilhou a experiência em publicação no Instagram: "Me sinto muito abençoado por estar trabalhando novamente com essas pessoas incríveis, embarcando juntos em uma nova aventura e levando tudo para um novo patamar. Tenho muito orgulho desse ótimo trabalho em equipe, que resultou em um resultado final único, emocionante e poderoso." A arte da capa foi criada por Hedi Xandt, também responsável pela arte do EP “Phantomime” do Ghost. O álbum foi lançado pela Nuclear Blast Records com distribuição no Brasil pela Shinigami Records e está disponível em diversas edições, incluindo CD, CD+Blu-ray, Earbook e vinil.


O Epica agendou uma turnê pelo Brasil em setembro de 2025, com seis shows confirmados em diferentes capitais do país, ao lado do Fleshgod Apocalypse, com produção da Liberation.


Datas da turnê:

06/09 – Porto Alegre (RS)

​07/09 – Curitiba (PR)

​09/09 – Belo Horizonte (MG)

11/09 – Brasília (DF)

13/09 – Rio de Janeiro (RJ)

14/09 – São Paulo (SP)

Crédito: Tim Tronckoe

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