Poloneses do Riverside entregam show tecnicamente perfeito para público devoto em São Paulo
Produção: Overload - @overloadbrasil
Assessoria: The Ultimate Music - @ultimatemusicpr
Texto: Belmilson Santos - @bel.santosfotografia
Fotos: Gustavo Diakov - @xchicanox
Pode ser um fenômeno pós-pandemia, mas hoje parece claro um ávido interesse pela experiência de um show ao vivo. Nos parece que o público está se entregando de uma forma mais viva e participativa aos shows e até a quantidade da praga dos celulares ao ar parece menor.
Mas vamos ao que interessa, que é música progressiva e isso o Riverside entregou em sua magnitude à plateia presente ao Carioca Club em São Paulo, que compareceu com um ótimo público na noite de domingo.
Sete anos após sua primeira passagem pela cidade, a banda proporcionou duas horas de feeling (sim, nem só de técnica vive o estilo), perfeição técnica e também um espetáculo com uma bela iluminação, que só realçou o som da banda, que contém ecos de Pink Floyd, Genesis, Marillion, ELP e da escola mais contemporânea de Anathema, Katatonia, Opeth, Soen e Porcupine Tree.
A abertura bem ao estilo Pink Floyd, num crescendo cheio de climas e, com "The Same River" foi perfeita e ditou a noite, evidenciando o excelente som que vinha do palco.
Vir com o "hit" "#Addicted" em seguida provou ser um acerto e empolgou a galera presente.
"Towards The Blue Horizon" foi dedicada ao antigo guitarrista Piotr, falecido em 2016. Antes da canção o vocalista Mariuz frisou sobre a segunda vinda da banda ao país em 20 anos de carreira, mas frisando que era melhor ser tarde do que nunca.
Vale destacar também a importância do baixo no som da banda, nos fazendo imediatamente nos lembrar dos mestres do Rush ou em quão essencial são os timbres do teclado de Michal Lajaj, nos levando em muitos momentos diretamente aos essenciais anos 70.
"Story Of My Dream" foi outro destaque no set, onde percebemos todas as características da banda desde o feeling já citado até bastante peso em seu final.
O momento mais progressivo veio com a longa "Escalator Shrine", onde o vocalista Mariuz brincou com a plateia nos perguntando se estávamos preparados para isso. Tivemos até uma pequena 'jam' no meio da música com um trecho de "Black Night" do Deep Purple.
Um dos momentos mais emocionantes da noite veio com "Time Traveller", balada levada ao violão pelo vocalista com total interação da audiência paulista.
"Left Out" fez o público voltar a cantar alto acompanhando o fraseado da guitarra no meio da canção, evidenciado até um lado pop no estilo Tears For Fears no som da banda.
Já chegando ao trecho final da apresentação, "Egoist Hedonist" mostrou toda a complexidade do progressivo e "Second Life Syndrome" terminou a primeira parte em alto astral com todos cantando.
Para o bis tivemos as ótimas "We Got Used To Us" que contou com lindo solo do guitarrista Maciej Meller e "Panic Room" terminou com a banda sendo ovacionada e prometendo não demorar mais sete anos para uma nova visita ao País.
Simpatia, peso, feeling, música da melhor qualidade: RIVERSIDE.
Agradecimentos à Overload e The Ultimate Music pela oportunidade e confiança cedida.
Comments