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  • Foto do escritorMaria Correia

Show com Dance Of Days e outros nomes do underground encerra mês marcante para o emo paulistano



Texto: Guilherme Gões

Fotos: Ygor Mancoe

Para fechar o período intenso, no último sábado do mês (30), o City Lights, uma nova casa de espetáculos em Pinheiros, foi palco de uma pequena celebração do 'lado underground' do emo, apresentando alguns dos artistas que deixaram sua marca no cenário local.


Entre os destaques do evento estava o músico Teco Martins, que recentemente subiu ao palco do Lollapalooza Brasil com sua banda Rancore e agora está em turnê pelo país após um hiato de seis anos longe dos holofotes. Diferentemente do som mais pesado de sua banda principal, seu projeto solo explora uma sonoridade mais alternativa, passeando entre o folk e experimentações musicais.


Polara e Hateen também marcaram presença, relembrando uma época em que ambos os nomes transcendiam a cena underground. No início dos anos 2000, essas bandas saíram dos pequenos shows em clubes de punk rock para alcançar a visibilidade do mainstream, com seus videoclipes sendo exibidos em emissoras como as extintas MTV e Mix TV. Os shows de ambas as bandas contaram com a participação fervorosa de seus seguidores fieis, que entoaram em coro tanto os clássicos quanto as novas músicas.


E para encerrar a festa em grande estilo, subiu ao palco o Dance Of Days, apresentando sua formação renovada. Sob a liderança da vocalista Nenê Altro, o grupo trouxe um setlist repleto de novidades, destacando faixas do seu mais recente disco, 'A Nova História', que marca o retorno criativo da banda após um breve hiato durante a pandemia. Durante o bloco dedicado às novas músicas, houve um momento especial com a participação do vocalista Koala em 'Misterioso, Perigoso e Sedutor demais', que também adicionou sua voz no processo de gravação do single.


No entanto, foi impossível ignorar as faixas marcantes que moldaram a adolescência de centenas de jovens. Clássicos como 'Adeus Sofia', 'Vai ver é assim mesmo', 'Correção' e 'Se essas paredes falassem' ecoaram pelo local, acompanhados por rodas punk, stage dives e gritos ensurdecedores. 


Ficou evidente que, seja no underground ou no mainstream, o emo continua pulsando com vitalidade. Este estilo, outrora rotulado como uma 'modinha adolescente', demonstrou sua relevância duradoura no cenário musical, e seus representantes seguem impactando vidas até os dias de hoje.



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