Tadini durante a gravação do clipe. Foto: Divulgação
A pandemia de Covid-19 começou e meses depois o assunto mais comentado era saúde mental das pessoas que estavam presas em casa para se proteger. De acordo com pesquisa realizada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), 40,4% das pessoas entrevistadas disseram ter sentimentos de tristeza ou depressão, e 52,6% afirmaram experimentar sentimentos de nervosismo ou ansiedade, muitas vezes ou sempre. E é sobre este tema que trata o primeiro clipe do artista brasileiro radicado em Los Angeles, Tadini.
“Welcome Back to Freedom” está no recém lançado disco “Collective Delusion” (2020) e fala sobre uma pessoa que está presa em sua própria mente, sentimento muitas vezes relatado por quem sofre de depressão. O clipe mostra bem essa angústia com Tadini preso em uma cadeira tentando se soltar das amarras.
“Eu resolvi filmar o clipe na minha própria casa pela metáfora de estar preso em mim mesmo. Existe também uma narrativa abstrata que conecta ao lyric vídeo da música ‘The Arsonist’ através das imagens com fogo. ‘The Arsonist’ fala de aceitar as mudanças inevitáveis e abraçar um ‘novo eu’, que pode ser resultado da libertação do indivíduo. Ao final do clipe, quero finalmente escapar - sozinho - das cordas. Essa é uma música que fala da saúde mental, que é um tema universal e que é cada dia mais relevante, especialmente agora. Além do tema ser importante e uma pauta muito presente, particularmente para jovens de um modo geral”, revela Tadini.
E ele está certo. A mesma pesquisa supracitada estima que 10,3 milhões de crianças e adolescentes menores de 19 anos apresentem o quadro de depressão e hoje, o suicídio é a terceira causa de morte entre pessoas de 15 a 19 anos. Por isso, tratar do tema de forma tão aberta e sincera se torna tão importante como Tadini faz na canção.
Em “Welcome Back to Freedom” Tadini canta os versos: “sometimes I suffocate/I drawn in my own fears/I run and run for my life/ there are just not enough tears (às vezes me sinto sufocado/Eu me afogo em meus próprios medos/ Eu corro e corro pela minha vida/simplesmente não há lágrimas suficientes - em tradução livre).
Influenciado por Billie Ellish e por Radiohead, o clipe traz uma série de flores, muitas delas desabrochando e a maioria brancas em uma metáfora que Tadini explica:
“Todas as capas dos singles e do álbum são flores. Escolhi essa temática justamente por ser abstrata e significar tantas coisas diferentes em diferentes culturas. Já que a proposta do disco é uma ilusão coletiva, achei que seria apropriado. As flores brancas que escolhi para essa música (que são também a capa do single) representam paz e liberdade que vem de escapar da própria mente. É isso que busquei com as flores brancas desabrochando”.
O clipe foi dirigido pelo próprio artista que também é o protagonista e tem videografia de Alex Chacon, assistência de Dennis D’Angelo, edição e pós-produção de Lucas Camara.
Capa do disco
Mais sobre “Collective Delusion”
“Collective Delusion” é o primeiro álbum de Tadini. O disco tem 9 canções todas escritas, gravadas, arranjadas e produzidas por Lucas Tadini e tratam de assuntos que lhe são muito caros, como saúde mental, abraçar o novo, críticas à cultura estadunidense, religião. Tadini não tem medo de colocar o dedo na ferida e o próprio nome do disco já revela um pouco do que ele pensa e reflete sobre o momento desse “delírio coletivo” que ressoam nos novos tempos.
Na primeira audição, “Colective Delusion” pode ser considerado um disco essencialmente de rock, porém o álbum é um conjunto das variadas influências de seu criador. O blues, jazz, o pop, soul, folk e country estão presentes. Por isso, Tadini cita artistas que ao longo de sua carreira embora tivessem em seu cerne o rock se renovaram durante a carreira, como Os Mutantes e os Beatles.
O disco foi gravado entre Los Angeles, Toronto, São Paulo e Portugal e Tadini trabalhou sozinho nas letras, arranjos, foi o engenheiro de som dividindo a responsabilidade apenas com Ivan Rivera (Porto Rico) e foi o responsável pela produção de “Collective Delsuion”. O álbum foi mixado por John Netti (Rival Sons, Buddy Guy), em Nashville (Tenesse, EUA) e masterizado por Sean Magee no importante Abbey Road em Londres (Inglaterra).
Tadini. Foto: Livia Krassuski/Divulgação
Mais sobre Tadini
Jovem de apenas 24 anos começou a tocar depois que sua avó lhe deixou de presente um piano de cauda, que embora ele não tenha dado muita bola no começo, hoje é seu instrumento principal. Ele também toca todo tipo de instrumento de corda, além da guitarra, bem como órgão, sintetizadores e mais. Tadini é formado em música na Berklee College of Music (2015) – umas das melhores universidades de música do mundo - e além do português, fala inglês, espanhol, italiano e mandarim. Seu primeiro álbum “Collective Delusion” saiu em setembro de 2020 e já está em todas as plataformas digitais.
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