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  • Foto do escritorMaria Correia

Yngwie Malmsteen retorna à São Paulo com show barulhento e repleto de polêmica


Texto e Fotos:

Belmilson Santos - @bel.santosfotografia


Realização:


Show segunda-feira em São Paulo? Data inusitada e situações inusitadas cercaram o retorno do icônico guitarrista sueco à capital paulista


Todos já devem ter lido algo sobre o que infelizmente ocorreu com as bandas de abertura e mais uma vez a passagem do egocêntrico guitarrista pelo país não se ateve somente ao aspecto musical.


Na hora do espetáculo, casa lotada e a banda surge aos poucos no palco do Carioca Club.


Aqui vale um parentêses: 'como já ocorre a algum tempo, a banda de Malmsteen (bateria, baixo e teclados) fica disposta num dos cantos do palco, num espaço bem reduzido, ficando o guitarrista com 90% do palco para suas estripulias, birras e demonstrações guitarrísticas. A parede de amplificadores Marshall também enfeita o cenário com grandiosidade.'

Uma das dúvidas que pairava pelo menos para mim, apesar de já imaginar qual seria a resposta, era quem estaria cantando com o guitarrista. Afinal de contas, por sua banda já passaram Jeff Scott Soto, Mark Boals e Ripper Owens entre outros.


Para surpresa de ninguém os vocais foram divididos entre o tecladista e o próprio Malmsteen.


Abrindo com o clássico "Rising Force" logo permanecemos o volume absurdo da apresentação, o que deixou tudo bem embolado e de difícil identificação imediata ao meu ver. Foi comum as pessoas protegendo os ouvidos em muitos momentos no decorrer do show.


Não temos o que falar da performance do guitarrista. Realmente é incrível vê-lo tocar e desfilar solos clássicos que mudaram a forma de encarar o instrumento, mas um som melhor equalizado somente somaria para um show mais agradável de ouvir e assistir, pois a luz também foi um dos pontos negativos, pelo menos para quem se importa com isso.


O público estático com alguns flashes de animação observava atentamente o clássico guitarrista solar alguns de seus clássicos e algumas canções mais recentes do fraco "Parabellum".

Podemos destacar "Badinerie" [Johann Sebastian Bach] e "Adagio" [Niccolò Paganini], naquele momento neoclássico que fez escola com o guitarrista, "Far Beyond The Sun" com um trecho do solo de “Bohemian Rhapsody” do Queen, numa performance provavelmente herdada da tour do Generation Axe.


"Seventh Sign", o convenhamos dispensável cover de "Smoke On The Water" do Deep Purple e o final com "You Don’t Remember, I’ll Never Forget" e "Black Star".


Assistindo o guitarrista pela primeira vez e fechando a trinca dos guitar heroes, junto Vai e Satriani, percebemos que Malmsteen acabou parando no tempo, diferentemente de seus amigos das seis cordas, que sempre olharam pro futuro em suas carreiras.

Não negaremos nunca a importância na história do sueco, mas com recentes lançamentos fracos e sempre brigando com seu ego descomunal, Malmsteen vai perdendo sua relevância na cena e aprontando das suas por onde passa.

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