Bangers Open Air 2025: Warm-Up proporciona noite de clássicos
- Filipe Moriarty
- há 15 minutos
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O que antes atendia pelo nome gringo de Summer Breeze Brasil agora veste couro e crava sua identidade: B.O.A – Bangers Open Air. Sai a franquia importada, entra o espírito tupiniquim com sotaque europeu. E pra quem achou que a mudança era só no nome, os dois primeiros dias do festival já mostraram que o peso, a organização e a entrega continuam — ou melhor, aumentaram.
A quinta-feira começou com o sol ainda alto e o volume já na tampa. O Kissin’ Dynamite foi o primeiro a pisar no palco e aquecer as turbinas. Em seguida, o Dogma trouxe visual chocante, estética teatral e som afiado.O grupo, apesar de novo na cena, conseguiu agradar ambas as tribos — um feito digno de nota. Mas quem levantou mesmo a poeira da memória foram os veteranos: o Armored Saint e Pretty Maids, e foi com a segunda que o público viveu o primeiro momento de catarse da noite. A banda dinamarquesa, nascida nos anos 80, é lenda viva — ainda que muita gente do público jovem por aqui estivesse conhecendo só agora.
Já Doro, que tocou no Monsters de 2023, foi recebida como diva do metal que é, distribuindo simpatia e vocais poderosos. A veterana, demonstrava gratidão a todo momento e deu tempo de tocar diversos covers de seu antigo grupo Warlock, como “I Rule the Ruins” e “Hellbound”. Sem desânimo a frontwoman ainda cantou “Time for Justice” - um de seus últimos lançamentos e ainda abriu espaço para prestar homenagem a lenda Judas Priest com “Breaking the Law” que emendou com seu maior hit, a canção “All We Are”.
O fechamento ficou por conta de Glenn Hughes, que cravou uma despedida emocional: depois de oito anos revisitando sua fase Deep Purple, aquele seria o fim da turnê. Com Burn, Stormbringer e Come Taste the Band no coração, ele deixou o palco como só os grandes fazem — reverenciado.
E assim, o Warm-Up provou ser uma noite da velha guarda, com brilho dourado no olhar dos veteranos e surpresa genuína na cara da molecada.