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André Santos

Resenha - “Alienation” – 2016 da banda Blackning


Durante os anos 80 a região conhecida como “Grande ABC” em São Paulo, vivenciava uma pequena revolução liberada pelas forças sindicais das indústrias Metalúrgicas. Este ambiente revolucionário industrial trouxe consigo o surgimento de inúmeras bandas de garotos motivados pela energia que vinha dos protestos nas ruas. Hoje não muito diferente nos encontramos na mesma situação devidos aos nossos administradores políticos, mas isso é um caso a parte.

Logo a região do ABC paulista tornou-se referência em som pesado e hoje a mesma localidade nos trazem grandes influências como a banda de Santo André Blackning, sendo um dos grandes expoentes da nova safra do Thrash Metal Nacional.

O trio paulista formado por: Cleber Orsioli (Vocal/ Guitarra), Francisco Stanich (Baixo) e Elvis Santos (Bateria), lançaram recentemente o seu segundo álbum de estúdio intitulado “Alienation” – 2016, sucessor de “Oder of Chaos”, que marcou a estreia do trio há dois anos atrás. Visualmente a arte do álbum “Alienation”, carrega os traços de sua identidade, que é facilmente reconhecida pelos fãs na capa criada pelo artista curitibano ‘Marcus Zerma’ da “Black Plague Desing”.

“Alienation” é detentora de 10 faixas, onde o trio paulista se mantiveram fiéis ao universo criado pelas suas sonoridades agressivas com melodias versáteis que trazem muito fôlego em suas composições, recheadas de letras com formatos de críticas sociais, alienação dos seres humanos e manipulações das pessoas. Os mesmos dispuseram em seu novo “Digipack” um encarte bem interativo onde podemos encontrar aquelas “etiquetas inteligentes”, que fazemos a leitura pelo (Smarthfone), nos trazendo em cada composição de suas músicas a tradução em português.

Nas primeiras audições do “Alienation” posso dizer que se trata de uma pedrada na orelha, um disco forte, pesado e técnico, com a cara do Blackning. O álbum abre simplesmente espancando nossos tímpanos com a faixa “Street Justice”, já dando a ideia do misto de brutalidade, agressividade, ‘feeling’ e melodia que se fará presente em todas as dez faixas do álbum.

“Thru The Eyes” é outra que mescla fúria com riffs densos e cadenciados. A terceira audição fica por conta da “Mechanical Minds”, que é uma amálgama de fúria com melodias bem elaboradas e entrosamento perfeito entre letra e riffs raivosos.

Mas, se as três primeiras músicas já velem o preço do disco, ele ainda fica melhor na sequência como pode se observar em “Dark Days”, canção onde o Blackning lança a mão de toda a sua musicalidade e criatividade. E a faixa “Weapons Of Intolerance”, sendo a quinta faixa desse ‘Debut’, não fica atrás da canção mencionada acima.

A sexta faixa fica por conta de uma verdadeira surra sonora e bem elaborada, que atende pelo nome de “Dyed In Blood”, e seguindo temos a fantástica “Devil’s Child” que não fica atrás. A oitava canção do álbum fica por responsabilidade de “The Rotten Institution”, onde a combinação da mais pura técnica dos músicos trazem uma pegada que impressiona.

Vamos chegando as duas últimas audições do álbum que deixa óbvio que a banda deixou as duas pedradas ensurdecedoras para o fechamento do seu 2º trabalho, que vem acompanhado de “Two – Faced Liar”, sendo uma pancadaria raivosa e logo em seguida vem a décima faixa “Corporation”, fechando assim o álbum “Alienation” – 2106.

Acredito que este trabalho fará muito barulho na Cena Metal Brasileira, pois a banda conseguiu extrair o melhor de sua essência . “Alienation”, consistirá num daqueles grandes lançamentos do ano, um trabalho realmente indispensável a qualquer fã de metal pesado. PARABÉNS família Blackning.

Tracklist do álbum:

1. Street Justice;

2. Thru The Eyes;

3. Mechanical Minds;

4. Dark Days;

5. Weapons Of Intolerance;

6. Dyed In Blood;

7. Devil’s Child;

8. The Rotten Institution;

9. Two – Faced Liar;

10. Corporation.

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