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  • Andre Santos

ETERNAL SACRIFICE – Ad Tertium Librum Nigrum


Gênero: Black Metal

Nacional

Selo: Hammer Of Damnation Records/ Sangue Frio Records.

Lançamento: 2018

ETERNAL SACRIFICE completou vinte e cinco anos de trajetória este ano, e, em comemoração a essa longa experiência, a horda de Black Metal Pagan disponibilizou ao seu público e devotos da música negra o full – álbum “Ad Tertium Librum Nigrum”, sendo mais um registro conceitual.

Já que há oito anos o Eternal Sacrifice não lançava um álbum novo, a horda só veio a se manifestar após o antecessor álbum de 2010 “Iluminados por Thanatherous Aleph... MusickantigA (Macabre Operetta: The Magickal Revival of Books, Pacts and Holy Writtings) Atto II”, tendo a participação em dois Split’s, e, mais em uma compilação: “Born to punish the skies... A Deathmetalic Brotherhood in Darkest Mourning for God, Tribute to Headhunter D.C.” (Volume 2)”, lançado pelo selo Mutilation Records, onde a horda registrou uma nova composição “Contemplation (to the Fire)”, justamente gravada para este tributo. Trabalhos realizados entre os períodos desses oito anos, até a chegada desse novo registro.

Já, o álbum “Ad Tertium Librum Nigrum” chegou após 8 anos de preparativo, e, entendemos o porque de sua demora, justamente para essa obra prima se tornar disponível a todos. Pois a horda Eternal Sacrifice demonstra um amadurecimento muito grande neste novo registro, onde seus cultos em forma de música detém um bom conhecimento devido a prática exercida pela horda, acredito que seja pela vantagem de se envelhecer ,ou seja, uma sabedoria necessária com amadurecimento. Já o full nos impressiona por seus hinos pagãos repleto de variações com andamentos surpreendentes, com um lirismo transcendental de deixar o ouvinte de queixo caído pela atmosfera empregado no álbum, aliás, a horda sempre soube trabalhar muito dentro desse contexto. Já posso adiantar que o álbum merece um olhar mais atento e cuidadoso, independente do subgênero do Metal que venha gostar, pois “Ad Tertium Librum Nigrum” é uma engrenagem essencial para o Metal extremo.

Se pararmos para olhar todo o contexto empregado no “Ad Tertium Librum Nigrum”, notaremos que a produção ficou soberba, não só na questão lírica que está excepcional, mas toda a arte para o (deluxe slipcase digipack CD), que está em altíssimo nível, nos chamando muito atenção simplesmente em se ver o material, isso tudo devido a ilustração conduzida pelos artistas Marcio Menezes e Alan Luvarth.

Mas enfim, vamos aos “petardos” presentes no pacote de “AD Tertium Librum Nigrum” já que o mesmo é dividido em capítulos muito bem construídos, e, estruturados no que se somam aos efeitos e timbragens bem executados, extraídos do teclado e piano, dando uma textura bem bacana em sua arte negra e pagã, resultando em um ambiente mórbido e sombrio. Já o disco não é um material para selecionar uma composição (faixa) e sim, para se ouvir por completo, pois estamos falando de uma obra que exprime sentimentos em um contexto lírico.

O full já abre de uma forma bela e surpreendente, já que as harmonias presentes são feitas entre os encaixes de teclado e piano, dando um ar soturno e mórbido à “Introiro”. Em seguida, a obra prima do full – álbum se faz presente em “The Three Mashu’s Seals – The Conquest of the Ganzir and Anzir Gates (Hazred área)”, já que a mesma apresenta um conjunto lírico, muito bacana desde sua introdução que são bem nivelados, já a harmonização se conversa muito bem entre guitarras e teclados, fora o vocal de Naberius que se encontra muito bem ajustado em toda a extensão da faixa. Aqui já fica notável toda a construção empregada na composição e até mesmo no álbum, já dando uma boa noção ao ouvinte do que irá encontrar em outros “petardos” presentes na obra de “AD Tertium Librum Nigrum”.

Já o terceiro contexto fica a cargo de “The Vision of the Light of Sculptures in the Monument of Mashu (The Black Book Of Signs), que seus riffs soam mais ríspidos fora a atmosfera do piano/teclado na harmonização, ainda temos dois tons de vocais muito bem elaborado dentro do contexto lírico, no que resulta em uma ambientação bem soturna e macabra, fora as narrações presentes na extensão da composição (confesso que é uma das faixas que prendeu a minha atenção, justamente pela sua estrutura lírica) causando até certas manifestações involuntárias no corpo.

Já em “The Amulet, the Fire the and Seals of Wisdon in the Curse of A Triple Life”, a sonorização empregada na construção harmônica tende ter uma linha mais puxada para o Raw Black Metal, trazendo um lado mais agressivo ao cântico. As guitarras são mais afiadas que trabalham de forma bem consistente ao lado da cozinha que impõe uma rítmica bem “trampada”, horas o cântico entra em linhas mais groovadas, o que realça ainda mais a estrutura da faixa.

Seguindo quase a mesma linha de sua antecessora, temos o cântico “The Revelations of the First Sigil, Lucifer, After a Saga of Delusions and Blattes”, novamente vou destacar os vocais presentes na faixa que estão muito bem nivelados, sem mostrar aquela lado exagerado, que se encaixam perfeitamente aos acordes presentes na rítmica, já que o “petardo” tem um ar mais ríspido e bem bestial.

O 6° capitulo fica a cargo da faixa “When Angel of Light in Ur, In Ivonking the Second Sign Agga”. A mesma apresenta uma dinâmica de variáveis de ritmo bem instigante, riffs cortantes conduzem o contexto de forma bestial. “Nasha, Restitution of Double the Light (Luce) and Hamony (Fer) Pagans Call” é o 7° ato do full – álbum, e, é uma entre outras de grande destaque do disco, além dela trazer um lado mais cadenciado, ela tem uma pegada meio Heavy Metal no início que se mescla perfeitamente ao subgênero do Black Metal, já que as duas se dividem em uma dinâmica de ritmos bem cativantes. E, é uma das faixas que apresenta um belo trabalho de solos bem estruturados.

Já o oitavo capitulo, de “AD Tertium Librum Nigrum”, fica a cargo de “Interludium” responsável por criar um ambiente sombrio a sonorização do full, já cedendo espaço para o 9° ato da obra, falo de “The Emptiness , the Guard of the Sortileges and the Time in Which the Dust Takes the Rites”, a mesma começa com uma brisa de ar ao fundo, onde os acordes extraídos do violão dão um ar soturno a faixa em sua introdução, e, logo se complementa aos riffs bem encaixados que passeiam aos ajustes líricos do teclado, fora a vocalização presente na composição que dar um ar medieval ao cântico.

O 10° ato da obra fica a cargo de “Epilogue”. A mesma é responsável por fechar a obra de “AD Tertium Librum Nigrum”, este ato na verdade é uma narração bem sombria onde todo o ar soturno fica a cargo do teclado.

Não tenho duvidas que o contexto presente dentro do full – álbum “AD Tertium Librum Nigrum”, é uma das melhores obras expressadas pela horda Eternal Sacrifice. Além do disco ser uma engrenagem poderosa para a vertente mais extrema do Metal Nacional, a horda acertou de mão cheia com este lançamento. Está muito visível o quanto a horda cresceu musicalmente durante o seu último, até a chegada desse recente registro. Tudo em “AD Tertium Librum Nigrum”, está tudo bem ajustado (aliás, o instrumental da horda sempre foi impecável), já as principais linhas de vocais cresceram muito. Só tenho a parabenizar o Naberius por sua evolução. Sucesso Eternal Sacrifice, o álbum está em um patamar muito grande.

Tracklist:

1. Introiro

2. The Three Mashu’s Seals – The Conquest of the Ganzir and Anzir Gates (Hazred área)”

3. The Vision of the Light of Sculptures in the Monument of Mashu (The Black Book Of Signs)

4. The Amulet, the Fire the and Seals of Wisdon in the Curse of A Triple Life

5. The Revelations of the First Sigil, Lucifer, After a Saga of Delusions and Blattes

6. When Angel of Light in Ur, In Ivonking the Second Sign Agga

7. Nasha, Restitution of Double the Light (Luce) and Hamony (Fer) Pagans Call

8. Interludium

9. The Emptiness , the Guard of the Sortileges and the Time in Which the Dust Takes the Rites

10. Epilogue

Eternal Sacrifice, é formado por:

M. T. L. H. Anton Naberius - vocal

Charles Lucxor Persponne - lead guitar

Marquis Orias Snake - lead guitar

Sado Baron Szandor Kastiphas - keyboards

Frater Deo Sóror Comite Ferro - drums

Acompanhem a horda Eternal Sacrifice, em:

Ao mais interessados, segue a Discografia da horda:

The Magician Alcandro - Demo 1996

Aradia... O Segredo Pagão de Eleusis – Demo 1997

Live in the Occult Ritual of Fire - Live Demo 1998

Beautiful Leaves of Supreme Pagan Art (Opera Sexualis) – Demo 1999

Ignis Mallus – Promo 2001

Incitatvs - Opera of Evil Dawn – Demo 2002

Musickantiga... Prédicas do Vero Báratro (Cantata Lúgubre, the Revive Rapture of the Shadows Cult) - Full-length 2003 Maniac Rec (físico) – Sangue Frio Records (digital)

The Necromantical Complex of Aradia and Incitatus – split de demos lançado com bônus em formato cdr 2004

Sonata Satanicka 666 – MCD 2004 Maniac Rec (físico) – Sangue Frio Records (digital)

Iluminados por Thanatherous Aleph... Musickantiga (Macabre Operetta: the Magickal Revival of Books, Pacts and Holy Writings: Atto II) - Full-length 2010 Blasphemy Prod

Eternal Angels Sacrifice at the Black Moon – Split 3way Omeyocan Prod (MEX) 2011

Priests from Hell – Split tape Odio & Repulsíon (CHI) 2011

Tribute to Headhunter D.C. (Volume 2) – Faixa 13 Contemplation (to the fire) - Born to punish the skies... A deathmetalic brotherhood in darkest mourning for god, tribute to Headhunter d.c - Mutilation Rec 2016

Ad Tertium Librum Nigrum – Full length 2018 – Hammer Of Damnation (físico) – Sangue Frio Records (digital)

Assessoria de imprensa:

Sangue Frio Prod.

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